Justiça afasta sete policiais militares em Pernambuco por risco de interferência em investigações de chacina em Camaragibe.

A Justiça de Pernambuco acatou um pedido do Ministério Público pernambucano e determinou o afastamento de sete policiais militares de suas funções em meio às investigações da chacina que ocorreu no bairro Tabatinga, em Camaragibe, região metropolitana de Recife. Esta decisão foi tomada devido ao risco de interferência nas investigações em andamento. Além disso, outros cinco policiais já haviam sido presos em uma operação da Polícia Civil, que visa desarticular uma associação criminosa envolvida no mesmo caso.

A chacina teve início após a morte de dois policiais militares, o cabo Rodolfo José da Silva e o soldado Eduardo Roque Barbosa de Santana, e resultou na morte de nove pessoas. Após atenderem a uma denúncia de tiros no bairro de Tabatinga, os policiais foram mortos, iniciando uma sequência de execuções. O suspeito de matar os policiais foi identificado como Alex da Silva Barbosa, de 33 anos, que também veio a falecer na mesma noite do ocorrido, juntamente com três irmãos. Na madrugada seguinte, os corpos da mãe e da esposa de Alex foram encontrados num canavial no município de Paudalho.

As investigações apontaram que a execução da família de Alex foi motivada por vingança após a morte dos dois policiais. Além disso, durante a troca de tiros entre Alex Barbosa e os policiais, uma adolescente grávida foi atingida por um tiro na cabeça e veio a falecer mais de um mês depois. O bebê sobreviveu, nascendo prematuramente.

A decisão de afastar os policiais foi baseada no trabalho conduzido pela Promotoria de Justiça Criminal de Camaragibe, do Controle Externo da Atividade Policial e do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado. Não foram divulgados os nomes dos policiais presos e afastados, mas a medida mostra a seriedade das autoridades em garantir a transparência e imparcialidade nas investigações. awaiting_message

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