Os eventos relacionados a grandes volumes de água e à falta do recurso estão no topo da lista, atingindo 20% da população. Outros eventos citados pelos entrevistados foram temperaturas extremas, apagões de energia, ciclones e tempestades de vento, e queimadas e incêndios. O estudo revelou que 98% dos entrevistados manifestaram preocupação com uma nova ocorrência de um evento dessa magnitude, sendo a falta d’água e a seca o evento que mais gera receio nos brasileiros, com 34%.
Há também questões que atemorizam mais especificamente determinadas classes sociais ou regiões do país. Por exemplo, os ciclones e tempestades de vento preocupam proporcionalmente mais a população da Região Sul, com 29% de preocupação frente à média nacional, que é de 13%. Alagamentos, inundações e enchentes preocupam mais as classes D e E, com 25%, do que as classes A e B, com 19%.
A pesquisa também revelou que 84% das pessoas entrevistadas apoiam investimentos em fontes renováveis de energia, e a maioria associa o petróleo, o carvão mineral e o gás fóssil à piora da crise climática. O diretor executivo do Instituto Pólis, Henrique Frota, destacou que o custo político sobe à medida que as autoridades governamentais insistem em apostar nas fontes não renováveis. Ele afirmou que os números mostram que os brasileiros querem investimento prioritário em fontes renováveis e entendem essa decisão como fundamental para o combate às mudanças climáticas.
Em síntese, o levantamento demonstra que os impactos dos eventos climáticos extremos já são uma realidade para a maioria dos brasileiros e que a população está preocupada com o futuro, demonstrando apoio a investimentos em fontes renováveis de energia como medida fundamental para o combate às mudanças climáticas.